domingo, 26 de setembro de 2010

Produzindo...

Nesses últimos dias tenho pegado firme na produção do meu livro-reportagem que será o Trabalho de Conclusão do meu curso de Jornalismo. É sobre o vitiligo, e estou escrevendo baseado na minha história, porém com uma personagem fictícia. Deem uma olhada num trecho:

[...]

Era fascinante para Sarah perceber a enorme diversidade de opiniões e pontos de vista que poderia haver sobre um mesmo assunto. Mesmo já sabendo disso antes, era diferente do que ver muitas delas ali materializadas em sua frente. E cada vez que conversava com algum novo amigo, portador de vitiligo, descobria novas maneiras de encarar a doença. Algumas boas, outras nem tanto. Mas todas elas faziam Sarah refletir e repensar suas próprias atitudes. A garota ia ampliando cada vez mais seus horizontes. Abrindo cada vez mais o seu olhar e sua mente para algo que possuía uma infinidade de formas e manifestações.
O vitiligo é um só, mas em cada pessoa ele se comporta de uma maneira. E cada pessoa se comporta de uma maneira em relação a ele. Algumas o aceitam, outras o rejeitam. Algumas buscam diversos tratamentos, outras se conformam com sua condição. Algumas sentem preconceito, outras criam o preconceito em suas próprias mentes. Dependendo de qual for a reação e a atitude a vida será mais fácil ou mais difícil.
Conviver com o vitiligo não é uma escolha, é um fato. Quem tem não pode simplesmente não querer mais ter aquilo. É algo que se leva, muitas vezes, pela vida inteira. Ainda que muitos tenham dito que não, Sarah acreditava que aquilo fazia parte dela. Mesmo que ela pudesse se tratar e chegar algum dia a curar completamente suas manchas. Isso não vai apagar a época de sua vida em que viveu com o vitiligo. Portanto ele ainda irá fazer parte do que ela é, sempre!

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